O descobridor de tendências

Um simpático senhor de cabelos brancos circulava pelas ruas de Nova York em sua bicicleta, fotografando tudo aquilo que o impressionava. Poderia ser um enredo de um filme de Woody Allen, mas este senhor existiu e registrou a história da moda nos últimos 38 anos como ninguém.

Bill Cunninghan não era nem um paparazzo nem um fotógrafo de estilo comum. Também não era um simples retratista de street style. Ele foi o antropólogo visual da moda que publicava seus objetos de pesquisa semanalmente no New York Times.

O fotógrafo passava o dia pelas ruas da cidade, registrando tudo que lhe chamava atenção, em especial o estilo das pessoas. À noite, fazia a cobertura dos eventos sociais das altas esferas da sociedade nova-iorquina. Do underground à ostentação, Cunningham tinha livre acesso a todos os grupos e lugares. 

Se existiu um olho que soube captar a efervescência da moda de uma cidade, foi ele, que mostrou ao mundo todas as tendências através dos retratos de sua coluna. “Ele via coisas que nem eu nem minha equipe da Vogue percebemos”, afirma a editora Anna Wintour. “Se Bill fotografava uma tendência, você sabia que em seis meses estaria na moda no mundo todo”.

Faleceu em junho deste ano, aos 87 anos, trabalhando até seus últimos dias, com a câmera pendurada no pescoço e uma eterna jaqueta azul com bolsos, modelo que comprou em Paris e que era usada pelos garis da cidade. Segundo o fotógrafo, ela o uniforme mais prático, pois possuía muitos bolsos para guardar seus rolos de filme -  nunca fotografou com câmeras digitais.  

Comparecia religiosamente às semanas de moda mais importantes. Sua favorita era a de Paris, onde em 2008 ele foi condecorado com a Ordem das Artes e das Letras. Porém, sabia que era na rua onde encontrava matéria prima para seus retratos. “O melhor desfile de moda é a rua. A rua fala comigo. Eu não decido nada e para que isso aconteça, você precisa estar aí. Não me dizem se vão usar as saias nos joelhos. Eu vejo. Aqui não há atalhos. Você tem de ficar na rua para que a própria rua lhe diga.” 

Em 2010, virou personagem-tema de um documentário de Ricard Press, que retratou seu dia a dia pelas ruas da cidade e sua história, que é possível assistir aqui.

The Sartorialist: inspiração vinda das ruas

Um site onde os melhores looks estão e são inspiração para quem se interessa por moda, mas que não é pautado pelas passarelas ou coleções. Este é The Sartorialist, blog do fotógrafo Scott Schuman.

O projeto, lançado em 2005, surgiu da ideia de criar um diálogo entre o mundo fashion e sua relação com a vida de pessoas reais. Schuman anda pelas ruas do mundo todo registrando personagens e suas roupas.

  

O sucesso do site resultou em um livro publicado em 2009 pela Penguin e muitas campanhas e ensaios assinados pelo fotógrafo, de publicações como Vogue Paris, GQ e marcas como Burberry, DKNY Jeans, Gant, Absolut, entre outras. Seu trabalho é pioneiro no mercado de blogs de moda com foco na fotografia. Segundo Schuman, o projeto iniciou com a ideia de que poderia fotografar pessoas na rua pensando como os estilistas enxergam as inspirações para suas coleções.

Desde seu lançamento, aparecer nos registros do Sartorialist tem sido sinônimo de sucesso entre os fashionistas de cidades como Nova York e Milão. O blog retrata o estilo de pessoas comuns pelo mundo e como a moda representa um importante elemento de expressão pessoal. Schuman captura em seus cliques o extravagante ao lado do cotidiano, sempre com um olhar atento aos pequenos detalhes.

Ficou curioso? Então, acesse e inspire-se:http://www.thesartorialist.com/category/men/

Já escolheu sua meia de hoje?

Escolher qual meia vestir pode não ser tão fácil quanto parece. Uma das mais subestimadas peças de roupa tem seus truques e segredos. Elas podem ser um trunfo no visual e deixar seu look com muito estilo e personalidade. Você sabia que meias brancas devem ser usadas, quase sempre, para a prática de esportes? Se você é daqueles que só tem meias dessa cor no armário, precisa urgentemente mudar seus conceitos. Confira algumas dicas e descubra quais tipos de meia existem e como escolher a sua para diferentes situações. Quais são os tipos de meia? Elas normalmente são divididas por seu comprimento: Over The Calf ou Executive - acima da panturrilha, mas não cobre o joelho. Mid-Calf ou Crew - vai até metade da panturrilha. Quarter - cobre o osso do tornozelo. Ped - fica logo abaixo do osso do tornozelo. Liner - no nível do calçado. Invisível - ficam escondidas pelo calçado.

Quando usar cada uma? A invisível e a liner dão a ilusão de você estar sem meias, por isso podem ser usadas com short ou sempre que o objetivo for adotar o estilo sockless. A ped e a quarter vão bem em ambientes casuais e na prática de esportes. A mid-calf e a over the calf são as mais indicadas sob calças jeans e sociais – no caso da mid-calf, suas versões coloridas e estampadas também funcionam muito bem para criar um estilo próprio com shorts.

Meia branca ou colorida? Esta uma dica que pode ser surpreendente para muitos homens, mas as meias brancas devem ser usadas quase sempre com looks esportivos – passe longe delas em situações mais formais ou até mesmo na hora de ir para a balada ou para o trabalho.

Como devo escolher a cor? No caso dos tons neutros, o princípio básico e certeiro é: combine com a calça. Se as cores forem mais vivas, essa regra pode ser desobedecida em nome do estilo próprio e a combinação pode ser feita com outros acessórios do look.

E as meias estampadas, como combino? As meias estampadas funcionam bem quando combinadas a detalhes de camisas, camisetas, casacos ou gravatas. Mas atenção: não combine as formas das estampas. Meia listrada com camisa listrada é proibido.

E as meias sociais? Elas são conhecidas como dress-socks e feitas com seda, cashemere ou tecidos sintéticos. Normalmente vão até a metade da panturrilha, ou seja, sao do modelo mid-calf e devem ser usadas com roupas sociais.