sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Sérgio Rodrigues imortal

Ficamos muito tristes com a notícia da perda de Sérgio Rodrigues, um grande designer carioca reconhecido no mundo inteiro. Na HEMB o sofá mole e a Poltrona Diz 2001 (representados nas figuras abaixo) deixam nosso lounge mais acolhedor. As miniaturas de Sérgio Rodrigues são sucesso de vendas na loja,  mostrando o quanto Sérgio era um homem visionário para o seu tempo. Se você não conhece muito a trajetória dele, separamos essa matéria do O Povo que ajuda a você entender o grande legado que Sérgio deixa.

Um dos mais famosos arquitetos do Brasil, Sérgio Rodrigues, considerado por alguns como o criador do mobiliário moderno no País, faleceu aos 86 anos na última segunda-feira (1/9) em sua casa, no bairro Botafogo, Rio de Janeiro, vítima de câncer na garganta.

Para homenagear esse grande artista dos traços, o Buchicho Casa relembra sua trajetória com um pouco dos trabalhos que ele deixou para a arquitetura brasileira e mundial. De acordo com palavras do jornalista e escritor Zuenir Ventura, publicadas na revista Casa, “ele está para o design de móveis assim como Oscar Niemeyer está para a arquitetura e Lucio Costa para o ubanismo”.

Voltando no tempo, sua notoriedade ganhou maiores proporções nos anos de 1950, principalmente a partir de 1955, época em que abriu sua famosa Oca, loja onde vendia suas criações e projetos de interiores. Dois anos depois, Rodrigues consagrou o seu trabalho com a famosa poltrona “Mole”, ícone do mobiliário nacional. Outro dos seus trabalhos que ganhou destaque foi a cadeira Oscar (1960).

Nesse período foi considerado o primeiro designer brasileiro reconhecido internacionalmente e, posteriormente, venceu o Concurso Internacional de Móvel, na Itália. Seu último trabalho com maior destaque internacional foi a reedição da poltrona Diz (2001). “Em 2000, Gisele (Schwartsburd, dona da LinBrasil) vendeu um apartamento para reeditar minhas peças”, contou ele certa vez em entrevista.

Ao contrário de antes, quando utilizava madeiras mais nobres e tipicamente brasileiras para a produção de seus móveis robustos, como o jacarandá, ultimamente o artista - que incluiu a preservação do meio ambiente em suas criações - vinha usando madeiras provenientes de reflorestamento. “Sempre busquei trazer brasilidade para meus projetos interiores”, dizia.

Com estilo próprio, desde 1973 Sérgio Rodrigues era casado com Vera Beatriz. Fato curioso e pessoal é que os dois haviam namorado ainda na adolescência e se reencontraram 30 anos depois. Seu legado é imortal! (Emanuel Furtado)

O arquiteto e designer deixa para a história do mobiliário nacional e internacional um grande e admirável legado

POLTRONA DIZ

Feita em madeira, a poltrona “Diz” foi reeditada por Gisele Schwartsburd, dona da LinBrasil e é um item bastante disputado em loja de um badalado bairro de Nova York.


POLTRONA OSCAR

O arquiteto Oscar Niemeyer, além de um grande amigo de Sérgio Rodrigues, também virou inspiração para suas criações, quando o designer desenvolveu a poltrona “Oscar”. O ano era 1956.



CADEIRA LÚCIO

Assim como Neimeyer, o urbanista Lúcio Costa também foi fonte de inspiração para o designer de móveis. Assim como a poltrona Neimeyer, ele criou no mesmo ano a cadeira “Lúcio”.


POLTRONA MOLE

O ápice da carreira do designer Sérgio Rodrigues aconteceu nos anos de 1950, época em que criou a poltrona “Mole”, feita de madeira jacarandá e couro, que logo viraria um ícone de seu trabalho. Em 1961, sua peça venceu o Concurso Internacional de Móveis, na Itália.


Fonte: O Povo