Você sabia qua o Dia Nacional da História em Quadrinhos é nesta sexta-feira?
A verdade é que todo mundo, em algum momento da vida já amou uma história em quadrinhos. Portanto, se você é um fã dos HQs, você vai adorar o evento que estamos preparando especialmente para comemorar esta data. Será nesta quinta-feira, dia 29 de fevereiro, a partir das 16 horas na Hemb, Rua Anita Garibaldi, 600. Todos estão mais do que convidados para uma feira de exposição e comercialização de obras e ilustrações de autores gaúchos.
Contaremos com a presença de quadrinistas gaúchos de várias gerações, como: Santiago, Edgar Vasques, Claudio Levitan, Uberti, Bier, Maumau, Rafael Corrêa, Carla Pilla, Rodrigo Chaves, Carlos Ferreira, Adriano Andrade e Thivá. Suas obras e ilustrações originais serão expostas e vendidas na frente da loja.
E para começar a entrar no clima da data, separamos um pouquinho do início da história em quadrinhos, olha só que legal!
A primeira história em quadrinhos (HQ) moderna foi criada pelo artista americano Richard Outcault em 1895. "A linguagem das HQs, com a adoção de um personagem fixo, ação fragmentada em quadros e balõezinhos de texto, surgiu nos jornais sensacionalistas de Nova York com o Yellow Kid (Menino Amarelo)", diz o historiador e jornalista Álvaro de Moya, autor do livro História da História em Quadrinhos. A tirinha de Outcault fez tanto sucesso que os grandes jornais nova-iorquinos entraram em pé de guerra para ter o Yellow Kid em suas páginas. Mas é claro que esse formato original para contar uma história não surgiu na cabeça de Outcault de uma hora para outra. Se a gente for buscar as primeiras raízes das HQs, podemos chegar às pinturas rupestres feitas pelos homens pré-históricos, que serviam para contar, por exemplo, como eram suas aventuras nas caçadas.
Os quadros das igrejas medievais que retratavam a via sacra - os últimos momentos da vida de Jesus na Terra - também podem ser considerados antepassados das tirinhas. A grande diferença é que esses ancestrais das HQs não tinham texto, os enredos eram desenvolvidos apenas com uma seqüência de desenhos. "As histórias em quadrinhos constituem um meio de comunicação de massa que agrega dois códigos distintos para transmitir uma mensagem: o lingüístico (texto) e o pictórico (imagem)", diz o pesquisador Waldomiro Vergueiro, coordenador do Núcleo de Pesquisa de História em Quadrinhos, da Universidade de São Paulo (USP). Foi só no século 19 que a coisa começou a mudar, com pioneiros como o suíço Rudolph Töpffer, o francês Georges Colomb e até o italiano Angelo Agostini, radicado no Brasil desde os 16 anos de idade.
Apesar de esses artistas terem criado trabalhos unindo texto e imagem anos antes de Yellow Kid, características importantes das HQs modernas, como o uso dos balõezinhos com as "falas", por exemplo, só surgiriam realmente nas tirinhas do personagem americano.
Fonte: Mundo Estranho